A antiga Pensão Pimentel, passou a chamar-se novamente de Morada dos Baís no ano de 1993, quando foi tombada oficialmente como Patrimônio Histórico e Cultural da cidade de Campo Grande. Após a finalização de uma grande reforma em 1995, artistas, escritores, apreciadores da cultura e turistas transformaram a Morada em parada obrigatória no circuito cultural da cidade, resgatando a importância turística que o local representa para Campo Grande. Situada na esquina da Av. Noroeste com a Av. Afonso Pena, a Morada do Baís foi o primeiro sobrado da cidade. Construída por etapas, entre os anos de 1913 e 1918, o prédio foi, durante 20 anos, residência do comerciante italiano, Bernardo Franco Baís. A partir de 1938, após a morte de seu proprietário, o sobrado de arquitetura em estilo eclético, projetado pelo engenheiro José Pandiá Calógeras e edificado pelo cosntrutor italiano Mathias, passou a atrair hoteleiros, por sua beleza e posição estratégica que permitia apreciar a passagem do trem do pantanal de suas altas portas-janelas. Arrendada para Nominando Pimentel, a Morada dos Baís transformou-se na Pensão Pimentel e assim permaneceu até 1979 quando a Pensão deu lugar a variados tipos de comércio, tais como escola de datilografia, casa lotérica e alfaiataria. Hoje, após a reforma de 1995 a Morada dos Baís conta com três salas para exposições de artes, um espaço para apresentações musicais, um restaurante, hoje desativado, além do espaço Lídia Baís que reconstitui o quarto da filha de Bernardo Baís, uma das primeiras artistas de Campo Grande, com seus afrescos espalhados pelas paredes e seus objetos pessoais.
*O Projeto de restauração foi dos arquitetos Regina Maura Lopes Couto, Fernando Antônio Castilho e Mário Sérgio Sobral Costa. A recuperação dos painéis de Lídia Baís ficou sob a responsabilidade da artista Dulcimira Campesani, professora dos Departamento de Artes e Comunicação da UFMS.
Sem comentários:
Enviar um comentário